quinta-feira, 5 de março de 2009

A necessidade de acreditar


O ser humano não tem outra alternativa se não acreditar em alguma coisa a mais do que o simples desenrolar dos fatos.
Precisa ir além de si mesmo, ter esperança, ter iniciativa, motivação, capacidade de realização.
A disciplina da vontade nem sempre é vigorosa porém.
A acomodação diante de fatos é bem comum.
Então, diante do roldão da necessidade, a austeridade atinge o ser humano. O corpo começa a ser castigado pelas privações, pressões e problemas.
Aí o caráter se molda.
È preciso aprender esta cultura do trabalho de forma mais positiva. Antecipar problemas e soluções, avançar no sentido de motivação coerente e lógica. Isso exige capacidade de pensamento, disciplina, persistência, mas sobretudo fé.
O homem de fé visualiza seus objetivos e os atinge.
Tem firme a vontade no alvo que quer conquistar e conquista.
Pode demorar.
As variações podem acontecer, como fatores de ensino, para moldar o caráter, a vontade e as virtudes.

Os mafiosos também tem vontade. Fazem campanha política, montam empresas, burlam a lei e se instalam nos legislativos, executivos e por aí afora. Os mafiosos roubam de colarinho branco e gravata, enquanto o povo tem sono. Desesperançado o povo dorme nas dificuldades em transformar o conjunto macro da obra social terrena. Incapaz de lutar e temendo a transformação da luta, o povo se embriaga nos bares, reclama nas praças, mas não avança na questão de reivindicar melhores condições de vida. Seus direitos e deveres são confusos. Pão e circo. Somos um jovem pais, somos ainda um pálido reflexo de uma sociedade primitiva, apesar de boa índole, primitiva.

Falar sobre a boa índole do brasileiro que não quer guerra é positivo. Mas também temos a síndrome do “Zé “, o zé da vila, o zé preguiça, o zé, abreviatura de José, mas que fica mais bonitinho, pequenininho, malandro. O Zé Carioca, Zé do Ferro, Zé do Caixão, Zé da Vila, Zezé.
Os brasileiros foram acostumados a pensar pequeno.
As elites brasileiras não.
Estas incorporaram a cultura européia do empreendedorismo. São capazes de avançar, de colocar para funcionar suas ações, suas forças, seu positivismo. Empresários, profissionais liberais, artistas, comerciantes, usam da vontade e da persistência e atingem seus objetivos.

Depois da chuva vem o sol. Depois da tempestade a bonança. Mas para espantar o sono da preguiça imoral que atinge o brasileiro, é preciso carregar as dores do corpo e da alma com mais vontade, para resolver e lutar contra as depressões da inércia. É assim mesmo. Deixamos o tempo passar e passa rapidamente o tempo. Quando olharmos para trás, é preciso saber o que estamos fazendo. É preciso acordar para o destino de que o agora é que precisa ação. Carregar sobre os ombros o grande peso da força e da verdade. Buscar no movimento as forças do talento, da pesquisa, da tentativa, da experiência e da virtude.

Mas para isso é preciso esperança e “esperança é a última que morre”....

Fonte > http://www.gazetadecaxias.com.br/colunas_e_blogs/migueljr/arquivos/julho/2007/

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