sexta-feira, 13 de março de 2009
O que é a mente?
A mente, ou consciência, está no coração da teoria e prática buddhistas, e nos últimos 2.500 anos, meditadores vêm investigando-a e usando-a como um meio de transcender a existência insatisfatória e de atingir a paz perfeita. Diz-se que toda felicidade, comum e sublime, é atingida pela compreensão e transformação de nossa própria mente.
Um tipo de energia não-física, a função da mente é conhecer, experienciar. É a própria consciência. É clara por natureza e reflete tudo o que experiencia, assim como um lago calmo reflete as montanhas e florestas que estão ao seu redor.
A mente muda de momento a momento. É um continuum sem início, como um fluxo sempre em movimento: o momento-mental prévio dá origem a este momento-mental, que dá origem ao próximo momento-mental e assim por diante. É o nome geral dado à totalidade de nossas experiências conscientes e inconscientes: cada um de nós é o centro de um mundo de pensamentos, percepções, sentimentos, memórias, sonhos — tudo isto é a mente.
A mente não é uma coisa física que tem pensamentos e sentimentos; essas próprias experiências são a mente. Por ser sem matéria, ela é diferente do corpo, apesar de mente e corpo serem interconectados e interdependentes. Este relacionamento explica porque, por exemplo, as doenças e desconfortos físicos podem afetar a mente, e por que as atitudes mentais, por sua vez, podem dar origem tanto à cura quanto aos problemas físicos.
A mente pode ser comparada a um oceano, e os eventos mentais momentâneos — como a felicidade, a irritação, as fantasias e a tristeza — às ondas que sobem e descem sobre sua superfície. Assim como as ondas podem ser apaziguadas para revelar a calma das profundezas do oceano, assim também é possível acalmar a turbulência de nossa mente para revelar sua clareza natural.
A habilidade para fazer isto está dentro da própria mente, e a chave para a mente é a meditação.
Fonte > http://www.dharmanet.com.br/bhavana/
Por que meditar?
Todos querem a felicidade, mas apenas alguns de nós parecem encontrá-la. Em nossa busca pela satisfação, vamos de um relacionamento para outro, de um trabalho para outro, de um país para outro. Estudamos arte e medicina, treinamos para ser jogadores de tênis e datilógrafos; temos filhos e carros de corrida, escrevemos livros e plantamos flores. Gastamos nosso dinheiro com elaborados aparelhos de som estéreo, computadores pessoais, móveis confortáveis e férias ao sol. Ou tentamos nos voltar para a natureza, comer alimento integral, praticar yoga e meditar. Nada mais do que tudo o que fazemos é uma tentativa de encontrar a felicidade real e de evitar o sofrimento.
Nada há de errado com qualquer uma dessas coisas, nada há de errado em ter relacionamentos e posses. O problema é que as vemos como se elas tivessem alguma habilidade inerente de nos satisfazer, como se fossem uma causa de felicidade. Mas elas não podem ser, simplesmente por que elas não duram. Tudo, por natureza, muda constantemente e eventualmente desaparece: nosso corpo, nossos amigos, todos os nossos pertences, o ambiente. Nossa dependência sobre coisas impermanentes e nosso apego à felicidade que é como um arco-íris trazem apenas causas de desapontamento e tristeza, não satisfação e contentamento.
Nós experienciamos felicidade com coisas externas a nós, mas ela não nos satisfaz verdadeiramente ou nos livra de nossos problemas. É uma felicidade de qualidade ruim, inconfiável e de vida curta. Isto não significa que devamos abandonar nossos amigos e posses para sermos felizes. Ao invés disso, o que precisamos abandonar são os nossos conceitos errôneos sobre eles e nossas expectativas irrealistas do que eles possam fazer por nós.
Não apenas os vemos como permanentes e capazes de nos satisfazer; na raiz de todos os nossos problemas, está a nossa visão fundamentalmente errada da realidade. Acreditamos instintivamente que as pessoas e coisas existem em e por si mesmas, uma "coisidade" inerente. Isto significa que vemos as coisas como se tivessem certas qualidades que residissem naturalmente nelas, como se fossem, por sua própria parte, boas ou ruins, atrativas ou não. Estas qualidades parecem estar lá fora, nos próprios objetos, bem independentes do nosso ponto de vista e de tudo mais.
Nós pensamos, por exemplo, que o chocolate é inerentemente delicioso e que o sucesso é inerentemente satisfatório. Mas certamente, se eles fossem assim, nunca falhariam em nos dar prazer ou nos satisfazer, e cada um iria experienciá-los da mesma maneira.
Nossa idéia errônea é profundamente enraizada e habitual, ela colore todos os nossos relacionamentos e procedimentos com o mundo. Provavelmente, raramente questionamos se a maneira pela qual nós vemos as coisas é ou não a maneira pela qual realmente existem, mas uma fez que façamos isso, será óbvio que a nossa imagem da realidade é exagerada e parcial, que as qualidades boas ou más que nós vemos nas coisas são realmente criadas e projetas pela nossa própria mente.
De acordo com buddhismo, há uma felicidade duradoura e estável, e cada um tem o potencial para experienciá-la. As causas da felicidade estão dentro da nossa própria mente, e o método para atingi-la pode ser praticado por qualquer um, em qualquer lugar, em qualquer estilo de vida — vivendo na cidade, trabalhando oito horas, constituindo família, divertindo-se nos fins de semana.
Praticando este método — a meditação — podemos aprender a ser felizes a qualquer hora, em qualquer situação, mesmo nas difíceis e dolorosas. Conseqüentemente, podemos nos livrar de nossos problemas, como a insatisfação, o ódio, a ansiedade, e finalmente, ao realizar o verdadeiro modo das coisas existirem, vamos eliminar completamente a própria fonte de todos os estados perturbados da mente e, então, eles nunca mais surgirão novamente.
Fonte > http://www.dharmanet.com.br/bhavana/
quinta-feira, 5 de março de 2009
O que acontece quando você medita?
Nossa mente dá significado a tudo aquilo que percebemos através dos sentidos. Quando olhamos para uma flor, automaticamente este estímulo gera uma série de interações em nossa consciência fazendo nossa mente buscar em nossa memória e categoriza tudo, flor amarela, com esse nome, pois tem esse formato, este cheiro, etc.
Pois bem, quando você parar sua mente, sua percepção do objeto ao qual se concentra não será mais baseada em uma experiência sensorial e sim em um outro tipo de percepção mais abrangente e mais rápida pois não estará limitada pelo tempo, espaço e memória.
Para entendermos melhor, imagine uma maçã que pode ser sentida de forma tátil, oufativa, gustativa, visual e através de alguns registros auditivos do som da maçã sendo cortada por uma faca, cortada pelos seus dentes, etc.
Imaginemos um cego, ele não tem a parcepção visual da maçã. Se ele fosse um azarado e também não pudesse sentir gostos, fosse surdo, não sentisse cheiros e por fim não tivesse nenhum sentido. Para ele a maçã não existiria, mas ela existe.
Essa existência que está além das formas, cheiros e sons pode ser percebida por um outro orgão perceptivo que nos humanos ainda está muito mal desenvolvido e só nos dá vislumbres de percepções.
A meditação é justamente parar a máquina barulhenta da mente para que então este outro orgão perceptivo possa entrar em funcionamento e nos deixar perceber a “existência” daquilo que nos cerca e de nós mesmos sem a influência dos sentidos, lógica e razão. Isso é meditar.
Se não lembrar de nenhuma explicação deste texto basta lembrar desta: meditar é parar de pensar, ponto!
Fonte > http://swasthya.marcocarvalho.com/o-que-e-meditar/
A necessidade de acreditar
O ser humano não tem outra alternativa se não acreditar em alguma coisa a mais do que o simples desenrolar dos fatos.
Precisa ir além de si mesmo, ter esperança, ter iniciativa, motivação, capacidade de realização.
A disciplina da vontade nem sempre é vigorosa porém.
A acomodação diante de fatos é bem comum.
Então, diante do roldão da necessidade, a austeridade atinge o ser humano. O corpo começa a ser castigado pelas privações, pressões e problemas.
Aí o caráter se molda.
È preciso aprender esta cultura do trabalho de forma mais positiva. Antecipar problemas e soluções, avançar no sentido de motivação coerente e lógica. Isso exige capacidade de pensamento, disciplina, persistência, mas sobretudo fé.
O homem de fé visualiza seus objetivos e os atinge.
Tem firme a vontade no alvo que quer conquistar e conquista.
Pode demorar.
As variações podem acontecer, como fatores de ensino, para moldar o caráter, a vontade e as virtudes.
Os mafiosos também tem vontade. Fazem campanha política, montam empresas, burlam a lei e se instalam nos legislativos, executivos e por aí afora. Os mafiosos roubam de colarinho branco e gravata, enquanto o povo tem sono. Desesperançado o povo dorme nas dificuldades em transformar o conjunto macro da obra social terrena. Incapaz de lutar e temendo a transformação da luta, o povo se embriaga nos bares, reclama nas praças, mas não avança na questão de reivindicar melhores condições de vida. Seus direitos e deveres são confusos. Pão e circo. Somos um jovem pais, somos ainda um pálido reflexo de uma sociedade primitiva, apesar de boa índole, primitiva.
Falar sobre a boa índole do brasileiro que não quer guerra é positivo. Mas também temos a síndrome do “Zé “, o zé da vila, o zé preguiça, o zé, abreviatura de José, mas que fica mais bonitinho, pequenininho, malandro. O Zé Carioca, Zé do Ferro, Zé do Caixão, Zé da Vila, Zezé.
Os brasileiros foram acostumados a pensar pequeno.
As elites brasileiras não.
Estas incorporaram a cultura européia do empreendedorismo. São capazes de avançar, de colocar para funcionar suas ações, suas forças, seu positivismo. Empresários, profissionais liberais, artistas, comerciantes, usam da vontade e da persistência e atingem seus objetivos.
Depois da chuva vem o sol. Depois da tempestade a bonança. Mas para espantar o sono da preguiça imoral que atinge o brasileiro, é preciso carregar as dores do corpo e da alma com mais vontade, para resolver e lutar contra as depressões da inércia. É assim mesmo. Deixamos o tempo passar e passa rapidamente o tempo. Quando olharmos para trás, é preciso saber o que estamos fazendo. É preciso acordar para o destino de que o agora é que precisa ação. Carregar sobre os ombros o grande peso da força e da verdade. Buscar no movimento as forças do talento, da pesquisa, da tentativa, da experiência e da virtude.
Mas para isso é preciso esperança e “esperança é a última que morre”....
Fonte > http://www.gazetadecaxias.com.br/colunas_e_blogs/migueljr/arquivos/julho/2007/
Mentalização 23 – Fonte de Luz
Que a sublime paz exuberante
Dos planos onde não há traço de discórdia...
A paz suprema
Que é inabalável no reino celestial,
Envolva a quem se permite vibrar nesta freqüência de iluminação.
Somos a chama que cresce
Para arder bem alto
Acima das limitações humanas,
Iluminando nosso mundo
E aquecendo os corações.
Queremos que este movimento de mentalização
Crie cada vez mais o ambiente propício
Para a vida vibrante dos seres libertos.
Livres de julgamentos,
Livres de auto-condenações,
Livres de temores,
Pois a graça amorosa da divina fonte
Jorra sobre nós agora e sempre.
Tudo será transformado.
Tudo será requalificado
Para que afinal
A população de todo este planeta
Possa viver a alegria
De seguir sem amarguras
Sem temer o dia seguinte,
Sem se recolher
Pela falta de opções para a expansão de seu brilho interior.
É tempo para a antecipação da felicidade que virá.
É tempo de acelerar a fé
Pois fomos informados, pelos guardiões do planeta,
Que o amor do Pai é infinito
E que nenhum deste rebanho se perderá.
Você que está diante destas palavras,
Gire agora a chave mestra do seu espírito,
A chave de ligação com a mente de Deus.
O elo que faz a intersecção
Entre você e a sua potência ilimitada.
Retire o controle que concedeu aos desvios do mundo
E reconecte-se
Com o oceano infinito de vida de onde veio,
A luz cósmica que pulsa
Com ilimitada potência dentro de você.
Nós não somos nossos corpos.
Não somos nossas crenças pré-concebidas.
Somos muito mais que isto.
Somos a expressão da vontade do Criador,
Manifestando-se em cada indivíduo.
Temos este dom de manifestar o poder da luz.
Tratemos de manifestá-la ininterruptamente
Para romper com os velhos padrões viciados
Romper com o medo
Romper com a ira
E ser apenas paz exuberante
Com a elegância das aves do paraíso.
Vamos irradiar esta luz do ser humanizado,
Para que esta expressão de nossa natureza divina
Crie nesta hora uma onda de tudo que qualificamos,
Com tudo que queremos de melhor para nós,
Para o próximo,
Para todos os seres vivos,
Para o nosso querido planeta.
Expandindo-se com suprema majestade,
Numa nuvem colorida que vai
Encobrindo o planeta Terra,
Compondo novas realidades
De harmonia criadora e auto-sustentada.
É um momento de perfeição este,
Quando de coração aberto
Sentimos aproximar-se de nós
Uma energia de alta qualidade,
Que vai invadindo a alma,
Retirando as impurezas,
E assumindo a função de apaziguar o espírito
Criando um mar de tranqüilidade.
Entramos na sintonia da ordem universal,
Poder Máximo,
Configurado pelo abundante amor que faz a vida acontecer.
Que é um constante nascimento
E é permanentemente recriado por todos os seres, poderes e atividades da luz,
Que habitam a vastidão do infinito.
Esta força amorosa da criação está aqui agora.
Está sempre esperando o momento em que podemos parar um pouco,
Em boa sintonia,
E penetrar os canais de nosso ser cósmico,
Revelando a doce impressão
Do modo como a vida pode e deve ser sentida constantemente.
Todas as dificuldades passarão,
Restando a completa maestria,
Na interação com o bem-estar,
Que se faz presente
Quando sentimos a vibração das dimensões superiores.
Estas dimensões de luz começam dentro de nós,
Quando nos predispomos a irradiar o bem,
Pois é dando que se recebe.
E para intensificar a freqüência desta estrada de luz
Das oitavas superiores
Que agora nos envolve,
Vamos com grande tranqüilidade
Mentalizar o primeiro afago recebido por mão materna
Em cada um dos habitantes da Terra,
Encarnados e desencarnados.
Vamos visualizar as tenras crianças,
Envoltas nos braços de quem lhes dava assistência.
Sendo acariciadas, sendo amadas,
Sendo observadas com atenção e ternura.
Sintamos esta apaziguante sensação
Desse instante na vida de cada um.
(Pausa)
Há uma impressão de calor humano no ar.
Há uma percepção de quem sabe o que é sentir este calor materno.
Pois mesmo os mais sofridos, até mesmo os órfãos,
Tiveram de alguém um momento de afago e proteção.
E nesta faixa de percepção
Envolvemos agora a Terra
E todas as suas criaturas,
Com estas ondas calorosas de afeto,
Paz protetora,
E um sentimento de reverência perante a vida.
(Pausa)
A humanidade da Terra está carente de luz.
Está infeliz pela falta de amor nos corações.
É tempo então de expandir cada vez mais
Um coeficiente maior dos raios de amor,
Luz calmante,
Luz reconfortante,
Que sai do coração de quem se apresenta
Para contribuir com energia mental,
Distribuindo a luz interior.
E nada pode haver de melhor que uma luz compartilhada.
Invocamos a atenção do Grande Espírito,
Para que nos envolva com a presença eletrônica
Do seu amor infinito.
E nesta faixa somos faróis na escuridão,
Somos a prova de que o amor sempre vencerá.
Seguimos à frente,
Sem olhar para trás,
Apenas distribuindo o perfume doce
Das rosas de brilho intenso
Que brotam do nosso coração.
Que todas as pobres almas que vagueiam nas trevas da ilusão
Sejam tocadas pelas sutis emanações
Desta poderosa vontade que agora irradiamos.
Que todos fiquem em paz,
Que sejam possuídos pelo antídoto de toda insensatez,
O eterno Bem que brota agora de nós,
Como a água brota de um simples olho d’água
E se avoluma até formar imensas cachoeiras.
Criamos correntes de cura,
Na freqüência desta mentalização.
A cura das moléstias do corpo, agora invocamos,
E principalmente a cura dos males do espírito.
De mente a mente vai fluindo esta corrente.
De alma a alma é o equilíbrio que retorna.
De coração a coração
É o amor que vai purificando nosso mundo,
Reajustando as criaturas a um perfeito equilíbrio,
À reconquista da sincronia com as leis universais.
Somos poucos mas venceremos.
Pois é o pouco acrescido da infinita misericórdia,
Da abundância divina que percorre a vastidão cósmica,
Mantendo a ordem em todos os setores,
Trazendo de volta as ovelhas desgarradas do rebanho da luz
E precisa apenas de uma pequena abertura
Em nossa consciência,
Como esta agora criada,
Neste momento de mentalização,
Para projetar-se em nosso íntimo, fazendo milagres,
Para infiltrar-se no seio da humanidade,
Irrigando as sementes,
Que em poucos anos serão árvores frondosas,
Gerando frutos imensos de pura luz,
Que saciarão a fome, a sede e todas as carências humanas.
Perseveremos nas atividades redentoras,
Nos processos de oração, mentalização
E prática da fraternidade.
Sempre conscientes do poder que está conosco,
Pois é a vontade do Pai para cada um de nós.
Nunca estamos desamparados,
Mas não devemos desamparar a nós mesmos,
Recusando o mentalismo,
Que vai criando um futuro na vitória do amor,
E consequentemente inunda-nos
De todas as dádivas ao amor relacionadas.
O aumento no amor próprio,
Que é fruto deste exercício de amar,
É o que promove o transbordar de nosso cálice,
E faz irrigar tudo ao nosso redor
Com a luz do Eterno Bem.
E bem-aventurados são todos os que irradiam
A vontade do amor para o mundo,
Para todos os mundos e dimensões,
Onde há seres carentes de paz e alívio de suas aflições.
Estes são os futuros eleitos,
Os que em breve estarão livres da carga de todo sofrimento,
Pois mesmo sem sair de seus lares
Já estão conectados
Com a vontade divina para as suas criaturas
E assim serão sempre supridos de soluções e providências.
Que o vórtice dos sete raios
Seja derramado agora
Envolvendo a Terra inteira,
Brilhando intensamente
Com a máxima potência,
Para que todos sejam livres, puros e felizes.
E assim mais uma vez
A luz venceu a escuridão.
Um campo de proteção seja mantido
Em torno dos que fazem esta mentalização.
Fonte > http://bethreis.blogspot.com/2008/03/mentalizao-23-fonte-de-luz.html
terça-feira, 3 de março de 2009
Manaskriyá, a mentalização criativa
Esta é uma técnica usada para desenvolver, unificar e direcionar o potencial mental que, de modo geral, está disperso. Essa técnica nada tem a ver com auto-sugestão ou hipnose, mas consiste em concentrar a energia do pensamento de forma que seja criado no plano mental o objetivo que desejamos ver realizado em outro plano qualquer da nossa existência. Manaskriyá significa literalmente atividade mental.
A atividade rotineira, dispersiva, reduz consideravelmente a capacidade de realização que possuímos. Com a mentalização unificamos essa energia psíquica que habitualmente se encontra dispersa e nos concentramos em um objeto só, de maneira que este se cristalize na realidade. Ao criar esse alvo no plano mental, estamos criando ao mesmo tempo um substratum psicológico favorável para que ele se manifeste no mundo objetivo.
Visualizar é transformar idéias ou conceitos abstratos em imagens mentalmente visíveis.
No Universo, todo é energia em forma de vibração. O pensamento também é uma manifestação dessa energia, que vibra em um plano mais sutil. Ao unificar os pensamentos, fazemos um processo de condensação dessa energia, concentrando e desenvolvendo o nosso potencial e precipitando, criando no plano mental o que desejamos concretizar.
Isto tem diversas aplicações práticas no nosso dia a dia. Um pensamento potencializado facilita a realização de qualquer objetivo. Claro que isto não é instantâneo, nem se trata de ficar sentado fazendo pedidos. Se precisa de muita persistência para se chegar lá; a velocidade da realização de algum objetivo vai depender da quantidade de energia mental e física investida nele. Através do manaskriyá vamos direcionar os efeitos da prática de acordo com os nossos interesses. Apresentamos a seguir quatro recursos, que poderão ser utilizados durante o seu sádhana pessoal.
Visualização de cores
Cada cor tem um efeito bem definido sobre o ser humano, nos diversos planos da existência. No sádhana, pode ser utilizada a visualização de diversas cores, conforme os objetivos do praticante. As cores escolhidas devem ser sempre claras, suaves e luminosas. Evite as escuras, carregadas, pesadas, muito quentes ou demasiado frias.
O alaranjado é estimulante, vitalizante, energético e está relacionado à saúde fisiológica.
O rosa vibra afetuosidade, carinho, amor, compreensão.
O verde esmeralda é a cor da paz, alegre e extroversor.
O azul turquesa tranqüiliza, relaxa e descansa.
A cor lilás vibra proteção, meditação, subtilização kârmica.
O violeta neutraliza o karma negativo e eleva a tônica vibratória.
O dourado ativa o poder mental, a realização e as funções psíquicas e está ligado à vida e ao calor do sol.
Faça a respiração completa. Ao inspirar, visualize a cor com a qual você irá trabalhar como se fosse uma infinita quantidade de minúsculas esferas luminosas preenchendo o ar à sua volta. Acompanhe esses pontos de luz colorida visualizando que eles penetram pelas narinas a cada inspiração, percorrendo os condutos respiratórios e chegando até os pulmões.
Durante a retenção com ar visualize que os alvéolos absorvem a luz e que ela passa para o sangue, banhando o seu corpo por dentro e impregnando cada célula. Ao exalar imagine essa cor emanando pelos poros, como se fosse um vapor brilhante. Imagine o seu corpo irradiante como o sol, vibrando nessa cor. Repita o exercício diversas vezes.
Uma outra forma de se fazer este exercício é direcionando a cor para algum ponto específico, uma região do organismo que você quiser beneficiar ou alguma circunstância que desejar influenciar.
Mentalização direcionada
Quando quiser ver realizado um objetivo qualquer, deverá visualizá-lo diariamente. Para aumentar a força de visualização é importante que os pensamentos permaneçam estáveis, fixos nessa contemplação. Faça vários ciclos de respiração completa e ritmada, visualizando luz dourada envolvendo o seu espaço vital e imagine no interior de sua cabeça uma tela mental. Projete nela uma imagem ou uma série de imagens que representem o seu objetivo da forma mais clara possível, como se ele já estivesse acontecendo. Conclua o exercício visualizando todo o seu corpo brilhando como um sol dourado.
Manaskriyá para despertar kundaliní
Na posição de meditação da sua preferência, utilize a respiração completa, mantendo o ritmo quadrado e visualizando o prána entrando pelas narinas. Inspire de forma lenta, profunda e controlada, direcionando e concentrando o prána no múládhára chakra, que começa a ser ativado e adquire uma coloração de brasas incandescentes. Durante a retenção com os pulmões cheios visualize a kundaliní na forma de uma serpente ígnea, ascendendo pelo interior da sushumná nádí. Na sua ascensão, kundaliní desperta e ativa cada chakra, fazendo com que eles se desenvolvam e brilhem intensamente. Faça jihva bandha e múla bandha. Na expiração sinta a força no ájña chakra, ativando e despertando as potencialidades deste centro: mente superior, conhecimento e intuição linear. Ao reter a respiração com os pulmões vazios, mentalize que essa energia chegou no sahásrara chakra, na forma de luz dourada e começa a jorrar desde o alto da cabeça. Repita o exercício diversas vezes, mantendo sempre clara a imagem da ascensão da energia ígnea até o padma coronário.
Manaskriyá para ativar os chakras
Na posição e atitude anterior, direcione o prána na inspiração para o chakra que quiser desenvolver. Visualize a bioenergia na forma de milhões de minúsculas esferas luminosas penetrando nesse centro. No tempo da retenção, kúmbhaka, imagine este chakra tornando-se intensamente luminoso, com a sua cor própria. Visualize-o pulsando, enquanto executa mentalmente o bíja mantra correspondente. Ao exalar imagine o chakra irradiando luz e energia em todas as direções. Com os pulmões vazios, permaneça em contemplação, sempre concentrado no centro de força que estiver ativando. Você poderá fazer um ciclo sobre cada centro ou vários ciclos naquele chakra específico sobre o qual estiver trabalhando.
Extraído do livro Guia de Meditação.
Fonte > http://www.yoga.pro.br/artigos.php?cod=303&secao=3032
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